Cinema

Moderador: Equipe Joio

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O Reino Proibido (The Forbidden Kingdom)

Não vejam, é muito ruim, parece Mortal Kombat 2, o tal Rei Macaco, interpretado pelo Jet Lee, é a coisa mais vergonhosa da década. Os primeiros 30 segundos já é material pra deixar a sala, é uma vergonha pro cinema de artes marciais, um verdadeiro caça níqueis que provavelmente será banido de todas as ásias. Mas não quero falar sobre ele, mas sobre os rumos da eleição americana.

Foi uma jogada de mestre o Mc Cain escolher uma mulher como vice, até a imprensa, que torce claramente pro Obama (afinal, ele é artista) gaguejou. Estão até evitando fazer matérias sobre a possibilidade de uma mulher no governo, pois esse tipo de coisa só é divertido quando o candidato é de esquerda, como foi com a Hillary.  

Os republicanos têm um candidato negro? Tudo bem, deixa quieto, os democratas tem uma MILF.    

Adorável e maligna, não tem pra ninguém, parece as secretárias do Naughty America. Começa bem vestida, mas termina envergando em cima de uma mesa. Essa véia merece ganhar... uma benga.

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Deus e o Diabo Na Terra do Sol (Glauber Rocha)

Eu não tenho forças pra falar desse filme. É uma das merdas mais chatas e toscas que eu já assisti em toda a minha vida. Eu tolero funk, tolero axé, sertanejo, pagode, xuxa, tolero os gostos da classe-média e todas essas merdas que nosso país tem... mas ainda não consigo tolerar essas porcarias que nossos intelectuais amam. Comé que pode, meu senhor? Esse filme é uma desgraça muito grande; trabalho de ensino médio feito nas coxas. Espetacular atuação de Othon Bastos? Espetacular direção de Glauber Rocha? Espetacular marco do cinema nacional? Vocês viram o mesmo filme que eu? Porra, então é isso que é Cinema Novo? Que que aconteceu com o velho? Não tinha porcaria suficiente? Vão tomar no cu, meus amigos, no olho do cu!


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Aprenda como fazer um curta-metragem experimental, cult e pseudo-intelectual

O pior foi que eu fiz aqui e deu certo, depois vou upar no rapidshare pra vcs verem.

http://fiztv.uol.com.br/f/Video/assista/13848

 

 

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Trovão Tropical

 

É um filme sangrento e completamente racista, fala mal dos doentes mentais, gays, congs e todo tipo de minoria. Incrível esse vir pro Brasil com censura 16 anos.  

O ritmo é alucinado, a primeira meia metade desanima, começa meio bobo, com alguns trailers falsos (estilo grindhouse), todo mundo falando muito rápido, 10 piadas por minutos, a maioria sem graça, mas depois fica tenso, um típico filme de guerra, bastante caro, com muitas explosões, cenas com helicóptero e externas. 

Tem dezenas de menções visuais, como Platoon, Nascido pra Matar, Rambo e Apocalipse Now, mas até quem é meio burro vai rir dessas homenagens, pois foram feitas pra serem engraçadas mesmo pra quem não consegue relacionar.  

O Robert Downey junior fez um personagem memorável, estilo Jack Sparrow, só que melhor, pois é mais boca suja. Tem uma cena que ele está com a cara triste e de repente fica alegre, sem o menor motivo, que me fez chorar de rir, minha bunda ficou até umedecida. É um papel tão racista que está acima do racismo, ele consegue falar mal dos brancos e negros ao mesmo tempo, transcendendo o racismo. O mesmo acontece com o Tom Cruise, que faz um papel tão insano que será perdoado por ser cientologista, as pessoas vão voltar a gostar dele.  

Nota 9.98

Edit

Filme tb é boicotado no Brasil: http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br/arch2008-08-31_2008-09-06.html#2008_09-02_17_58_50-11204329-26

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Arquivo-X 2 Eu Quero Acreditar (com mega-spoilers)

Não tem disco voador, ET nem nada disso. É uma traminha religiosa envolvendo células-tronco, fé, padre pedófilo e transplantes de cabeça. Tem poucas referências à mitologia, o Skinner aparece e tem algumas menções a irmã abduzida do Mulder. É tudo patético, pois alem do filme ser ruim, os agentes estão aposentados. A Scully virou uma médica e o Mulder um vagabundo. Perdeu o glamour, em nenhum momento eles usam armas ou o jaquetão preto do FBI. A Amanda Pett participa fazendo o papel da "federal gostosinha" e o rapper Xzibit faz o papel do federal pimp (que entrou pro FBI através do sistema de cotas). 

Eu sempre gostei mais do Mulder, ele é mais aberto aos acontecimentos, a Scully é como os ateus, é uma pessoa limitada intelectualmente, que age de forma simples, não crê no acaso, nos mistérios, trabalha apenas com a matemática, ou seja, uma putinha metida.  

A tensão sexual entre eles não existe mais, virou um relacionamento aberto, com beijinhos e discussões, passam o filme como um casalzinho problemático, até dormem em conchinha. O filho é mencionado, mas o que poderia ser interessante fica por isso mesmo. Filme chatíssimo. Uma desgraça para a série e para a humanidade.  

Nota 3,13

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The Ruins

É uma adaptação do livro homônimo de um novato metido a Stephen king (que tb escreveu o Simple Plan, semi-cult dirigido por Sam Raimi). É mais um daqueles filmes de terror estilo "bem que podia ser um episódio do Alem da Imaginação". 

A história é cretina (como sempre). Jovens brancos vão passar as férias no México e conhecem um alemão que os convida para visitar uma pirâmide asteca perdida no meio do mato. Que programão.  

Esse não joga mais no meu time.

Quando chegam à pirâmide, uma ameaça risível (tão cretina quanto a do "the happening") ataca de forma alucinada. O resto vcs já sabem. Boa dose de sangue, correria e uma pincelada de terror psicológico. 

Nota 4,29 (perderam a chance de fazer um filme claustrofóbico como o Abismo do Medo já que a maior parte do filme se passa de dia e no lugar menos ameaçador: em cima da pirâmide [que pelo menos é mais bem feita que aquela do indiana Jones]).  

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Resenhas: Persona, Morangos Silvestres, O Sétimo Selo e Sonata de Outono (Ingmar Bergman)

Bom, aquela minha proposta inicial no tópico fechado do Persona não morreu. Graças àquele tópico, me recomendaram alguns ótimos filmes e ainda baniram o Bereuza. Então é só alegria!

Ó o tópico original!

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PERSONA (1966) – Este é meu filme preferido do Ingmar Bergman e no placar geral do meu ranking pessoal é top 10. É um filme sobre como nós anseamos por sermos expostos e aceitos pelas outras pessoas da forma com nós nos conhecemos, sem máscaras, sem personagens: desejamos a “nudez espiritual” e a aceitação dessa nudez. “O inútil sonho de ser... não parecer, mas ser!”

Alma (Bibi Andersson), uma enfermeira, é encarregada de dar cuidados à Elizabeth Vogler (Liv Ullmann), uma atriz que, durante uma encenação de Electra, pára de falar. A mudez de Elizabeth é voluntária, de modo que os esforços de Alma para conversar são sempre frustrados pelo silêncio de Elizabeth.

Apesar de todo o esforço da enfermeira para puxar conversa, Elizabeth está decidida a não falar, pois ela percebeu que tudo o que diz é encenação, tudo é um ato teatral onde a atriz não fala verdadeiramente. A vida é um teatro, e o teatro é composto por personagens fictícios, personas. Então, ao decidir parar de falar, Elizabeth está tentando parar de encenar, o que significa parar de mentir.

Há um belíssimo momento no filme quando Alma liga o rádio e está sendo transmitida uma peça dramática: Elizabeth, deitada à cama, começa a rir enquanto a atriz, ao rádio, lamenta. O drama vira comédia porque é falso, é atuação. Pouco depois dessa cena, Alma sintoniza numa transmissão de música e sai do quarto: a partir daí, Elizabeth sente diretamente o efeito da música e não ri, pois não há mais motivos para rir, a música não mente: é a própria vontade se manifestando (falarei disso melhor na resenha de Sonata de Outono).

Após um primeiro ato numa clínica (ou casa de repouso, não sei ao certo), Alma e Elizabeth vão para uma casa de praia, onde poderão se conhecer melhor e passar todo o tempo juntas, com a intenção de que isso possa acalmar Elizabeth e fazê-la voltar a falar.

Entretanto, Elizabeth mantêm-se firme em sua decisão e nada diz; ao contrário de Alma, que, tendo percebido que Elizabeth ainda não falava - mas se mostrava interessada em ouvir - passou a falar como se estivesse tendo um diálogo interior. O conforto que a companhia de Elizabeth dava à Alma era deixá-la falar livremente sobre qualquer assunto, sem repreendê-la; ao passo que o conforto que Alma dava à Elizabeth era justamente falar como se estivesse só, podendo ser ela mesma, e não uma persona, não um personagem. Alma atinge uma confiança tão grande em sua ouvinte que conta um grande segredo envolvendo adultério, uma orgia e um aborto. (Aqui vale abrir um parêntese para dizer que eu tive uma ereção somente em ouvir toda a história contada no tom de voz de Bibi Andersson, sem nenhuma imagem de conotação sexual. Somente Alma e sua confissão. Meu deus! Que falas, que falas! Muito mais elegante e sensual do que seria se feito com flashback).

Entretanto, posteriormente Alma descobre que Elizabeth havia escrito esse segredo em uma carta e endereçado a outra pessoa, expondo a verdadeira Alma, a Alma que fez uma orgia e abortou um filho. A partir daí, as duas entram em um conflito e eu começo a babar na perfeição de cada cena. Coisa de gênio:

http://img143.imageshack.us/img143/8383/persona1mo7.jpg

(Alma colocando um caco de vidro para que Elizabeth pise)

 

O embate psicológico entre Alma e Elizabeth me levam a concluir que elas são personas da mesma pessoa; mas tem muita gente que discorda. Então assista e tire suas conclusões, pois esse filme é espetacular.

http://img147.imageshack.us/img147/8291/person2gj9.jpg

Por fim, devo dizer que os créditos iniciais de Persona é uma das coisas mais legais que já vi. Cheio de simbolismos, um cacete que aparece por meio segundo durante uma contagem, uma personagem em desenho que faz o famoso banho tcheco, espirrando água entre as pernas e depois no rosto, o sacrifício de um carneiro, uma crucificação simbolizando o sacrifício de Cristo etc. Eu não entendo porra nenhuma, mas acho interessante.

 

Nota: 9,8

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MORANGOS SILVESTRES (1957) – Eu acho esse filme bem mais leve do que Persona, talvez porque Isaak Borg (Victor Sjöstrom) é um velho que me cativou. Mas o conteúdo é mais denso. É um filme sobre memórias e nostalgia, mas é principalmente sobre o fracasso pessoal apesar do sucesso profissional. (Talvez uma relação com o próprio Bergman)

 

Isaak Borg é um professor aposentado que vai ser homenageado com um título honorário em Lund. Um dia antes da viagem, ele tem um sonho. Um pesadelo, aliás:

http://img179.imageshack.us/img179/4318/morango1yt3.jpg

 

No pesadelo, uma carroça bate em um poste de uma cidade deserta, perde uma roda e deixa cair um caixão com a porta semi-cerrada. Para fora, uma mão. Isaak se aproxima, e a mão o segura. O defunto é o próprio Isaak.

Há diversas interpretações sobre esse sonho espalhados por aí web afora, mas eu acho que para essa minha pequena e humilde resenha basta saber uma coisa: a sensação de solidão que as cenas do sonho provocam não podem ter outra função senão a de mostrar a condição de Isaak Borg, ou seja, como ele se sente; e a partir daí é possível perceber que ele se sente só e próximo da morte. Parece bastante simplório o que estou dizendo, mas a essência real do sonho é essa e não precisa ficar dando piruetas para entender isso após assistir ao filme.

Então, no outro dia, Isaak decide ir dirigindo até Lund, correndo o risco de chegar atrasado, pois havia decidido há muitos meses que iria de avião. Acredito que essa decisão esteja relacionada diretamente ao sonho no sentido de que Isaak parece querer adiar a sua chegada (pode ser uma analogia a “adiar a morte” ou algo do tipo).

Na estrada é onde podemos ver e contemplar o velho sentindo nostalgia. Ele passa por lugares onde morou ou esteve, relembra fatos marcantes de sua vida, revive momentos etc. No carro, com ele, está sua nora Marianne (Ingrid Thulin). Ela, muito sincera, diz o que pensa de Isaak, e o que as pessoas dizem para ela sobre ele. O velho, como disse o Quase Nada quando me indicou o filme em outro tópico, é “lafranhudo” (que não sei exatamente o que significa), meio ranzinza, chato, rabugento etc. Todos pensam isso de Isaak Borg. O próprio filho de Isaak (Gunnar Björnstrand) não o ama, apenas o respeita e teme. Enfim, Isaak é um fracasso na vida emocional e um sucesso na vida profissional, e durante a viagem o sucesso e o fracasso são colocados em uma balança.

Na estrada, a primeira memória de Isaak é sobre Sara (Bibi Andersson), seu grande amor. Contrapondo ao que todos acham do velho Isaak, a opinião de Sara sobre ele, na adolescência, era a de que Isaak Borg era gentil, sensível e honesto; ela se sentia mais velha perto dele, embora eles fossem da mesma idade.

Aí entra um ponto bastante interessante: tudo que Sara diz sobre Isaak Borg demonstra que ele tem uma personalidade introvertida (“Ele só tenta me beijar no escuro”), e que ele é culto e cheio de princípios. Mas ela se sente atraída por Sigfried, “que é muito excitante”. Todas as virtudes do jovem Isaak não foram suficientes para que Sara permanecesse com ele, então ela fica com seu irmão. A partir desse momento, Isaak torna-se ainda mais introvertido, e se fecha para qualquer relaçãos afetivas, com medo de sofrer novamente uma grande dor como esta; é daí que ele passa a ser o Isaak que todos posteriormente consideraram como egoísta, mal humorado e frio.

A viagem de Isaak Borg é como uma sessão de psicanálise, e o objetivo é recuperar suas memórias durante a estrada para enfim purificar-se. É mais uma história sobre redenção, mas está entre uma das mais belas.

Nota: 8,5

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O SÉTIMO SELO (1956) - Esse aqui não tem o ritmo tão lento quanto os citados acima; tem até alguns momentos de humor etc. A história é sobre um cavaleiro que volta das Cruzadas e descobre que sua pátria está infestada pela Peste. E quem senão a morte para recebê-lo?

 

http://img291.imageshack.us/img291/9558/setimo1mm6.jpg

É um filme sobre a insegurança espiritual, que é um termo que eu inventei agora para “quando estamos fodidos, doentes, pobres e meio ateus, onde a certeza da morte acaba por foder com tudo”.

O Cruzado (Max Von Sydow) sabe que a morte é inevitável, então decide desafiá-la no xadrez. Se ele vencer, sua vida será poupada. E ele tem um ajundante, fiel escudeiro ou coisa do tipo, interpretado por Gunnar Björnstrand.

Enquanto a morte e Antonius Block jogam xadrez, os dias vão passando e eles vão andando pela pátria do Cruzado. Daí encontram mais pessoas que aos poucos vão se juntando à comitiva; sempre uns miseráveis cuja morte é o único fim.

Infelizmente O Sétimo Selo não é um filme que eu quero falar muito, pois ele não é tão instigante e simbólico quanto os que foram citados aciam. Na verdade, O Sétimo Selo deve ser um dos filmes mais acessíveis do Bergman. Isso não quer dizer que é ruim, pelo contrário: o filme é uma beleza; mas ele é mais “óbvio” do que o Persona e Morangos Silvestres, exigindo menos ponderações etc.

Entretanto, há uma cena absolutamente linda que merece ser mencionada: durante uma apresentação de uma dupla de atores (Bibi Andersson e Nils Poppe), num palquinho, uma música sombria e crescente começa a causar tensão interropendo a música alegre cantada pelos atores. É um som meio lamurioso que a princípio você não entende de onde vem, nem o porquê. Os atores páram, os olhares assustados e a música crescente. Daí corta para uma cena de um percuso dos flagelantes, cantando algo em latim, creio eu, chicoteando uns aos outros, carregando uma estátua de cristo na cruz etc. É muito foda, muito mesmo.

http://img150.imageshack.us/img150/7278/setimo2qf7.jpg

 

http://img150.imageshack.us/img150/3083/setimo3hj7.jpg

Se você quer indicar um clássico para inicar algumas pessoas para que aprendam a gostar de filmes em preto e branco, O Sétimo Selo é ideal.

Nota: 7,0

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SONATA DE OUTONO (1978) – Este filme é cruel. Eu chorei. É sobre a relação conflituosa entre mãe (Ingrid Bergman) e filha (Liv Ullman).

A filha, Eva, casou-se com um pastor, Viktor (Halvar Björk), e os dois cuidam da irmã de Eva, Helena (Lena Nyman), que é deficiente. Helena tem uma doença degenerativa que a impede de andar e falar, motivo pelo qual sua mãe a havia abandonado aos cuidados de clínicos.

Charlotte, a mãe, é uma famosa pianista que pôs a família em segundo plano para poder dedicar-se à sua carreira. Ela não vê Eva há sete anos, e decidiu que devia visitá-la já que sua única compania havia falecido recentemente e ela se encontrava tão só.

Entretanto, Charlotte não sabe que Eva há algum tempo tirou a irmã do asilo para cuidar dela. E a revelação da “surpresa” é um dos momentos mais fortes do filme.

Uma das coisas mais interessantes desse filme é a diferença de personalidade entre Charlotte e Eva. As duas são exatamente iguais na tristeza, mas agem de forma diferente em relação a esta. Em outras palavras, elas são terrivelmente tristes e frustradas, mas exterioriorizam essa tristeza de forma diferente: a mãe, orgulhosa e forte, pisa sobre a tristeza com um pé firme e impetuoso; a filha, débil e melancólica, não consegue esconder sua fragilidade. Há uma cena nesse filme – e esta é uma das cenas mais bonitas que já vi – em que Eva pede para que a mãe a veja tocar piano, e então começa a tocar uma composição de Chopin. A interpretação dela é incrivelmente hesitante, tímida e introvertida mas não errada. E a mãe compreende isso imediatamente; ela sente a personalidade da filha enquanto a música se desenvolve. Em um auditório, por exemplo, todos vaiariam Eva. Mas Charlotte só consegue conhecer a filha naquele momento, naquelas notas hesitantes; e sua expressão de satisfação ao finalmente compreender a filha (pois as duas nunca estavam juntas devido às constantes turnês da mãe) é comovente.

Sabe aquela história de que um olhar vale mais do que mil palavras? Então...

http://img361.imageshack.us/img361/776/sonata1zn0.jpg

Por fim, ao terminar, Eva leva a mão imediatamente à boca e a toca com o dedo indicador, como uma criança que espera aprovação. E pergunta: “Gostou?”. A mãe responde: “Gostei de você.” Eva, triste, percebe que a mãe não gostou de sua técnica, então pede para que lhe mostre como deve ser a verdadeira interpretação daquela composição.

Charlotte senta-se ao lado de Eva, e começa uma sumária, porem certeira, explicação acerca de Chopin. É aí que ela profere o password para desvendar sua personalidade: “Há dor, mas sem parecer”. E foi aí que eu enchi os olhos de lágrimas e proclamei Ingmar Bergman um gênio!!!

Veja só, mãe e filha ao piano, enquanto a mãe mostra o jeito certo de tocar. Olha as expressões faciais, Jesus!

http://img513.imageshack.us/img513/3627/sonata2sm6.jpg

“Você precisa ser persistente e emergir triunfante”, diz Charlotte.

Este filme é muito bonito, mas, como eu disse no início, cruel. A cena da discussão entre Eva e Charlotte, com a irmã deficiente a ouvir tudo, dá um nó na garganta que me desanimou por alguns meses de ver qualquer outro filme do Bergman. E o pior é que estou falando sério. A última vez que fiquei assim chocado, evitando filmes melancólicos, foi quando eu assisti “O óleo de Lorenzo”, mas eu tinha nove anos. Sonata de Outono é filme pra fazer marmanjo chorar, é o tipo de filme que eu evito assistir no cinema para que as pessoas não pensem que sou uma bichona.

Nota: 8,0

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Minhas considerações sobre o Bergman: Gênio.

O próximo diretor: Richard Linklater

“Por quê?” – Porque se eu for chorar, que seja de alegria!

 

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Recomendações de Filmes - 2008

Neste tópico eu proponho que a gente cite lançamentos interessantes da cena P2P, e que não tenham sido objeto de tópico próprio.

Ou seja, colocar o nome do release e algum comentário. Conforme as regras do Joio, não podemos colocar links para baixar os arquivos.

Redbelt.DVDRip.XviD-ARROW

O novo filme de David Mamet é muito referenciado no Brasil. Tem vários personagens brasileiros (claramente inspirados na família Gracie) e músicas e diálogos em português. Alice Braga é uma das protagonistas e Rodrigo Santoro tem um importante papel coadjuvante.

Chiwetel Ejiofor faz um ex-campeão de jiu-jitsu com métodos agressivos de treinamento e sólidos princípios morais, e que por acidente se envolve numa trama sórdida de gente poderosa.

É interessante como acontecimentos aparentemente banais e fortuitos vão se somando para criar uma história envolvente do início ao fim. Como habitual nos trabalhos de Mamet, o filme é todo sustentado no trabalho dos atores.

Legendas disponíveis em inglês e português.

Maiores informações: IMDb e RT.

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A Encarnação do Demônio ( o filme do Zé do Caixão )

Estréia hoje o filme novo do Zé do Caixão, com boas críticas até agora - tudo bem que muitos estão elogiando mais o visual do que o filme em si, mas parece ser bacana, ainda mais levando em conta como o cinema de terror gringo está fraquinho. E eu esperava um hype maior, já que a crítica brasileira ama o Seu Zé ( acho que ele só perde pro Glauber Rocha em termos de punhetação de jornalistas ).

Não sei se vou conseguir assistir neste fim de semana, mas confesso que tô curioso pra ver a a cara do Zé estampado nos Cinemarks da vida.

Com a morte da Dercy, o sumiço da Elke Maravilha, a aposentadoria da Cuca do Sítio do Pica Pau Amarelo, a Loira do Banheiro ainda em recesso escolar e depois do Homem do Saco ter se fodido com a Lei Cidade Limpa do Kassab, o Zé é um dos poucos ícones de terror brasileiros ainda vivos.

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Foto de lucci

Morgan Freeman sofre acidente de carro!

04/08/2008 - 13h34

Morgan Freeman sofre acidente de carro e fica em estado grave

da France Presse, em Miami
da Folha Online

Atualizado às 14h

O ator norte-americano Morgan Freeman, 71, que ganhou um Oscar em 2005 por sua atuação em "Menina de Ouro", ficou gravemente ferido em um acidente de carro em Mississippi (sul dos Estados Unidos), informaram meios de comunicação internacionais nesta segunda-feira (4).

Evan Agostini/AP
Morgan Freeman sofre acidente de carro e fica em estado grave nos EUA

Morgan Freeman foi levado em estado crítico para um hospital de Memphis, no Estado norte-americano de Tennessee, depois de o carro onde ele estava ter capotado várias vezes, segundo meios de comunicação locais e a rede de televisão CBS. O acidente ocorreu na noite de domingo (3).

Segundo a agência de notícia France Presse nos EUA, o canal News 3, de Memphis, afirmou que o ator estava acompanhado de uma mulher, que também foi internada no Regional Medical Center --também conhecido como The Med-- junto com Freeman. Segundo a porta-voz do hospital, Kathy Stringer, o estado do ator é "muito grave".

Freeman, nascido em 1º de junho de 1937, foi indicado ao Oscar três vezes além de sua vitória em 2005. A primeira indicação veio em 1988 com o filme "Street Smart".

Em 1990, ele foi indicado pelo filme "Conduzindo Miss Daisy" e, cinco anos depois, em 1995, Freeman recebeu mais uma indicação com "Um Sonho de Liberdade", no qual atua ao lado de Tim Robbins.

Outros filmes do ator que marcaram sua carreira no cinema são "Batman Begins", "Seven - Os Sete Crimes Capitais" e "Amistad", entre outros.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u429390.shtml

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A Mumia 3: A Tumba do Imperador Dragão

Eu gosto muito do primeiro e acho o segundo bacana. Esse terceiro começa bem, com cara de filme caro, multidões e etc, mas durante o filme, lá pelos 50 minutos, vc nota que é uma porcaria do tamanho do Van Helsing. 

Dentre as várias tristezas, a pior cena é a dos Abomináveis Homens da Neve, uma japinha conjura uma magia e três deles descem da montanha quebrando o pau, que nem um time de futebol americano, fazendo gestos com as mãos e até dancinhas de touchdown. 

A múmia mais bem feita é Maria Belo, feiosa ao extremo, um jaburu. Já o Brendan Fraser ta com a cabeça muito grande, é triste saber que quando vc vai ficando velho, sua cabeça cresce. Ele está parecendo aquelas estátuas da Ilha de Páscoa (ta quase do tamanho da cabeça do Ben Affleck). 

O Jet Lee está bem, pois ele faz melhor o papel de vilão, mas não salva o filme, que começa com potencial, direção de arte muito bonita, mas termina de forma cancerígena.  

Nota 4,05  

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Inglourious Basterds - 'Novo' do Tarantino terá Brad Pitt

Quentin Tarantino saiu da moita e anunciou Brad Pitt como protagonista (o tenente Aldo Raine) de Inglorious Bastards, refilmagem do homônimo de 1977. Bom, nem tão homônimo assim, afinal o original é italiano e tem o nome de Quel maledetto treno blindato e foi dirigido por Enzo G. Castellari.

A história é basicamente a mesma do original. Um grupo de (militares) criminosos estava sendo transportado na Europa durante a 2ª Guerra Mundial quando um ataque nazista destrói tudo e mata quase todos, sobrando apenas os criminosos.

Além disso, Tarantino pretende dividir o filme em duas partes, como pode ser conferido na edição especial em DVD do original (clique na imagem acima). Tarantino também tenta seduzir Leonardo DiCaprio a participar do filme. Este faria o coronel Hans Lada, um líder nazista.

Meu único medo é essa mania de dividir os filmes em duas partes, seja por necessidade de tempo para apresentar melhor a história, seja por estratégia comercial. Mas, com certeza teremos um filme sobre a 2ª Guerra (ou qualquer outra) diferente de todos os outros que enveredaram por tais caminhos. Só há uma certeza: sangue.

Fontes: 1 | 2

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O Cinema no Divã

Filmes bacanas que os médicos receitam aos pacientes - matéria do UOL

Alguem acrescentaria mais alguns? Eu acho que colocaria "O Enigma de Kaspar Hauser" - que até hoje me impressiona!

Segue a matéria:

UOL wrote:
No divã ou na sala de cinema, o que importa é a reflexão
Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde

Temas como medo, amor, traição, sexo e morte - que rendem bilhões à indústria do cinema - são a matéria-prima do trabalho dos psicólogos, analistas e psiquiatras. Indicar filmes para os pacientes, portanto, é extremamente comum entre os profissionais que lidam com o comportamento humano.

O conceito de "cinematerapia" é tema de livros como "The Motion Picture Prescription" ("O cinema como remédio", sem tradução no Brasil), do psicólogo Gary Salomon, e "Filmtherapy, I film che ti aiutano a stare meglio" ("Cinematerapia, os filmes que o ajudam a estar melhor", também sem tradução), do psiquiatra italiano Vincenzo Mastronardi.

Divulgação
O filme "Juno" já foi indicado pelo psiquiatra Jairo Bouer para discutir o tema da gravidez na adolescência com paciente
ÁLBUM DE FOTOS: CINEMA E SAÚDE
QUANDO O DR. INDICA UM FILME
CINEMA TAMBÉM ENSINA MÉDICOS
ANOREXIA É TEMA DE "MAUS HÁBITOS"
MAIS SOBRE "CINEMATERAPIA"

Os especialistas acreditam que, observando uma situação de fora, é mais fácil refletir sobre nossas próprias atitudes e compreender melhor as reações do outro. Mas não há uma metodologia: a dica surge espontaneamente, de acordo com o momento da terapia. A única regra é que as impressões sejam discutidas depois.

Acostumado a lidar com os conflitos típicos da adolescência, o psiquiatra Jairo Bouer conta que já indicou filmes para aprofundar assuntos levados ao consultório. Na sua lista estão "Kids" ("mostra como a droga pode ter impacto na vida da pessoa"), "Elefante" ("trata do sentimento de exclusão e do bullying") e "Juno" ("aborda a questão da gravidez na adolescência").

Em um Grupo de Discussão publicado no UOL Ciência e Saúde no dia 15/07/2008, os internautas foram convidados a citar exemplos de filmes que tivessem sido úteis em alguma fase difícil da vida. "Closer - Perto Demais", sobre os conflitos amorosos de quatro personagens, foi um dos mais citados. A terapeuta de casal e família Poema Ribeiro entende a preferência: "É um painel vívido do que temos trabalhado no consultório: uma insatisfação constante em relação ao outro, porque as pessoas fazem apostas irreais". Como bem comentou um internauta, "Closer" é melhor que uma 'DR'(abreviatura para 'discutir a relação')".

Outros filmes mencionados no grupo também já foram "prescritos" pela terapeuta. "Sob o Sol da Toscana" é um deles: "É uma história sobre reconstrução pessoal e ensina que compartilhar a felicidade dos outros também pode nos beneficiar", interpreta Poema. Outro, mais recente, é "PS: Eu Te Amo": "lembra o quanto é importante olhar para o outro como ele realmente é". Nesse caso, levar o parceiro ao cinema pode ser mais terapêutico ainda.

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Foto de quase nada

Trailer News: Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Que coisinha mais gótica.

youtube.com/watch?v=jwNpg_xj6ck

 

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Foto de quase nada

Vazou o trailer do filme do Wolverine (X-Men Origins: Wolverine)

Achei meio ridículo, aparecem vários personagens, só reconheci o Gambit e o Mini-Wolverine (estilo Caminhos do Coração).

http://www.movietrailertalk.com/2008/07/x-men-origins-wolverine-leaked-trailer/

 

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Foto de quase nada

Trailer da cinebiografia do George Bush, "W."

No trailer mostram o Bush dançando um sertanejo, jogando cartas, enchendo a cara, batendo o carro, sendo preso, fumando maconha, brigando com o pai e etc, agora eu pergunto, será que o Oliver Stone é petista? 

Fala sério, já era pra ele ter sido expulso desde o Platoon. 

Eu prometi pra mim mesmo que não iria mais me irar, mas fiquem avisados que quando o mundo pegar fogo eu estava do lado dos justiceiros.

http://www.hollywoodchicago.com/forums/3228/lionsgate-releases-trailer-for-oliver-stones-george-bush-film-w

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Foto de Fabio Negro

Concorrência no Filme do Super-Homem

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Mark Millar explica melhor suas idéias para o filme de Super-Homem
"Todo o resto do que faço é um treinamento até chegar o filme", diz o quadrinista
22/07/2008
Marcelo Hessel

No começo do mês o escritor de quadrinhos escocês Mark Millar espantou todo mundo quando disse que um diretor e um produtor estariam bancando um filme do Super-Homem a partir de uma idéia sua. Agora ele explica melhor. E já entra de sola.

"Eu tenho sido fã de Superman minha vida toda, e senti que algo aconteceu depois que eu vi Superman - O Retorno. Não quero falar mal, nem nada, mas achei que foi meio como assistir a Star Wars: Episódio 1. Você compra seu ingresso, leva seus amigos no cinema uma noite e rola A Ameaça Fantasma... Na época eu ouvi a música de Star Wars e falei pra minha mulher e meu irmão 'acho que esse vai ser o maior filme de todos os tempos!'. Meus olhos encheram de lágrimas com aquela música... E uma hora depois aparece o Jar Jar e tudo aquilo... Senti como se estivessem me matando. Com Superman - O Retorno não foi a mesma coisa, porque obviamente o filme não é ruim, mas só a idéia de sair de um filme de Superman e não se sentir muito empolgado [desaponta]...", começa em entrevista ao site Den of Geek.

"Eu esperei desde o Superman 4 de 1987. Li o roteiro do Tim Burton, li todas as versões desde então. O 'diretor' [como Millar chama o cineasta cujo nome ele não entrega] me telefonou há um mês e disse 'olha, eu não tenho autorização nenhuma da Warner, porque eles não estão procurando, mas eu quero ter algo engatilhado caso a oportunidade apareça'. Ele quer reiniciar a franquia. Isso foi uma semana antes da estréia de O Procurado [que se baseia em HQ de Millar]. Ele disse que soube da minha paixão por Superman e queria que eu participasse. Levei um nanosegundo para dizer sim", continua.

Millar diz que respeita a prioridade de Bryan Singer, mas dá idéia. "Eu tenho a história pronta para uma trilogia de Superman desde os dez anos de idade. Eu contei e ele adorou. Quando estávamos nos EUA, nos encontramos. Ele é um cineasta estadunidense famoso pelos filmes de ação. Mas por cortesia a questão é esperar para ver se Bryan vai dirigir mais um mesmo. Não dá pra chegar lá sugerindo um projeto. Se Bryan acabar abrindo o caminho e escolher fazer outra coisa, estaremos lá num piscar de olhos. Falamos até em elenco; obviamente começaríamos do zero com um elenco novo. Mas uma das coisas que o 'diretor' disse é que é preciso amar a versão de Richard Donner e mantê-la perto do coração, mas partir para algo novo, algo apropriado para os dias de hoje."

"O mundo ao redor muda, mas Superman é a pedra fundamental. Todo mundo diz que não gosta de Superman porque ele é bonzinho, que prefere Batman por ser malvado e fodão. Mas com quem você preferiria conviver? Qual deles é um modelo para o mundo? Eu acho que o grande público, de esquerda ou de direita, adoraria um filme de Superman hoje, com os EUA em dúvida consigos mesmos. Fazer com que os EUA se sintam bem novamente, algo capaz de manter seus cabelos arrepiados um filme todo... Seria sensacional", emenda. "E não acho que tenha lugar para controvérsia numa história assim. Quero dizer, eu tenho umas idéias bem radicais, coisa que o 'diretor' comentou ser algo que eles nunca imaginaram antes, mas não é nada parecido com o Batman de Christopher Nolan. Pra mim, o filme de Superman é onde você pode levar uma criança de cinco anos."

"Eu sinto que todo o resto do que faço é um treinamento até chegar o filme de Superman", termina, dramático, o escocês.

O idealismo é bonito de ver, mas não esqueçamos que, pela agenda do estúdio, Bryan Singer começa a filmar Superman: Man of Steel em 2009.

 

 

 

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O Cavaleiro das Trevas - reviews, spoilers e etc

Já que a maioria dos críticos estão falando bem, eu vou nas críticas que estão falando mal. No rottentomatoes já tem 3.

No geral reclamam:

- Longo demais (2:32).

- "Dark" demais (filme com apelo gótico, focado nos escutadores de pitty, tatuadores e demais EMO´s do mal).

- Ação inconstante (explode uma coisa, meia hora de papo; explode outra coisa, 20 minutos de papo).

- Dramalhesco demais (o New Yorker, por exemplo, diz que toda a tensão criada não é necessariamente "fun").

- Lutas confusas, cortes rápidos e no escuro.

 

 

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Trailer do Watchmen

Bonitinho. Outra coisa, esse trailer vc viu primeiro aqui no Joio.

Youtube:

youtube.com/watch?v=5pdnAh7UA34

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