Foto de Terenzi

Nova Geração de Ipods

Então... Saiu uma nova safra

Não melhorou muito e não foi muito no estilo que o Castrezana previa.
O Nano ficou muito gordo e acabou um pouco estranho. O Classic eu gostei.
Já o Shuffle ficou igualzinho. Só umas cores novas
Gostei mesmo foi do Touch que é igual o Iphone. Mas aparentemente custa quase a mesma coisa que o Iphone então... não faz muito sentido né? A não ser que o cara deteste o plano do Iphone e queira ter um... é até faz sentido.
No momento Jabá: Ainda tenho dois Ipods pra vender (geração anterior) Um nano (4g) e outro Shuffle(1g) preços módicos para vocês hehehe

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Foto de João Lucas

Diário de Blindness – Ensaio sobre a Cegueira

Oba! Repetindo o que fez no filme Jardineiro Fiel o diretor Fernando Meirelles escreverá um blog com o diário de produção de seu novo filme. Só que sem Pablo Villaça no meio desta vez!

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Foto de Bennett

Metroid Prime 3: Corruption

MUITO, MUITO bom jogo.

Provavelmente a melhor coisa no Wii neste momento, e os controles de fato ficaram uma coisa além de espetacular. Não há nenhuma dúvida de que são melhores do que dual analog para FPSs, apesar de ainda haver controvérsias se são melhores do que mouse + teclado. Eu pessoalmente prefiro os controles do Wii à combinação clássica de PC, mas consigo entender alguém preferindo os controles tradicionais (não há desculpa, entretanto, para preferir dual analog). Depois do fracasso de Red Steel, Call of Duty 3 e Medal of Honor: Vanguard, sobrou para a Retro Studios mostrar que os controles do Wii são perfeitos para FPSs, e eles definitivamente conseguiram provar que isso é possível. Tem gente reclamando que a Samus demora para virar 180 graus, mas a velocidade é perfeita para Metroid. Em outros jogos, é só eles aumentarem que não há problema. Parece que Medal of Honor: Heroes vai ter controles tão bons quanto ou melhores do que os de Metroid, mas francamente, eu já estou satisfeito.

Em primeiro lugar: não há mais auto-mira, há apenas um lock de área, o que é genial. Você aperta Z e fica com a câmera presa em direção a um alvo, mas tem plena liberdade para mirar onde quiser naquela área, enquanto se movimenta de qualquer maneira. E é possível também abandonar o lock de área e apenas mirar livremente, já que os controles são extremamente precisos. Fica à escolha do jogador. O nunchuk é utilizado não só para movimentar a Samus (via o analog), mas também para usar a grappling beam (você dá um lock em um alvo, joga o nunchuk para a frente, e depois puxa). É muito bacana usar a grappling beam para puxar o escudo de um inimigo e depois meter plasma em cima.

As trocas de visor são feitas apertando-se o "-" e jogando o controle para cima, para a esquerda ou direita. Simples, eficaz, e dá um efeito legal. Movimentos também são utilizados para interagir com o ambiente, como puxar alavancas, girar chaves e apertar botões. Com a sistemática nova de visores, o que era um verdadeiro pé no saco no Gamecube - scanning - agora é simples e fácil de fazer. Não enche o saco e é até bacana. Os controles da morphball também foram bastante simplificados: misericordiosamente você não precisa mais manipular bombas para pular, basta dar uma chacoalhada para cima com o wiimote. Apertando e segurando o "+" você entra em hypermode, que equivale a um modo adrenalina (muito bem costurado na trama), e lança tiros absurdamente detonantes.

O jogo em si é espetacular, e bem mais voltado à ação do que o primeiro (que eu não joguei até o final - também não joguei o segundo, por sinal). Parece que mais para a frente ele fica um pouco mais parecido com o primeiro Prime, mas até agora (duas horas e meia de jogo) é só paulada. E as lutas com os chefes são divinas...o combate com o Meta-Ridley é sensacional, e segundo quem já terminou o jogo, os chefes vão ficando cada vez mais bacanas.

Em relação aos gráficos, é o jogo mais bonito para o Wii até agora (vai perder o trono para Galaxy e Brawl), mas é preciso jogar um pouco de tempo até que os cenários fiquem mais belos (a primeira parte do jogo não impressiona). A única coisa que eu achei meio ruim é que os loadings são disfarçados pelo lag que as portas têm para abrir, e em alguns casos você fica lá parado uns 5 segundos até conseguir entrar na outra área. Mas dos males, é o menor.

Estou com 5% de jogo, farei um post mais detalhado quando terminar.

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Foto de Guybrush Threepwood

As Crônicas de Artur: O Rei do Inverno (Bernard Cornwell)

Não tenho o hábito de escrever análises literárias (na verdade, essa é a minha primeira), mas dessa vez me senti compelido. Apesar de eu ler com uma certa frequência, fazia tempo que não tinha em mãos um livro tão bom e tão envolvente, e que me desse tanto prazer de ler.

"O Rei do Inverno", de Bernard Cornwell, é o primeiro volume de uma trilogia, Crônicas de Artur (The Warlord Chronicles), bem conhecida até, mas que até então não havia tido a oportunidade de ter em mãos. A contra-capa do livro o vende como o relato mais preciso e históricamente acurado da figura do Rei Artur - o que é não é bem assim. Sim, o livro é o retrato mais "realista" da lenda de Artur (que existem indícios de ter existido), mas o próprio autor adimite as liberdades criativas que toma, nas últimas páginas do livro, como anacronismos deliberados ou inclusão de personangens fictícios.

Como realista, entenda-se a ausência da parte "fantasia" da história. Sim, temos Merlin, que é um druida temido e sábio. Mas não existe mágica de verdade: Cornwell usa o ponto de vista do narrador da saga para causar a sensação de que feitiços poderosos são invocados, mas se têm algum efeito, conseguimos ver claramente que é por truque ou coincidência, embora o narrador acrescente paixão ao relato, como se realmente estivesse acreditando nos poderes místicos.

Aliais, o narrador em si é um ponto muito interessante da obra. Embora o foco da saga seja Artur e a Britânia do seu tempo, ela acaba mais centrada nesse narrador, Derfel Cadarn, guerreiro e amigo de Artur. Derfel conta os eventos que leveram seu senhor a retornar ao reino de Dumnônia, conta como começou a lutar a seu lado, mas existem várias passagens distantes de Artur, só Derfel. O que não é um defeito, pois o próprio narrador é um personagem fantástico, e de grande importância aos eventos.

Por falar em personangens, belo trabalho de Cornwell nesse aspecto: todos são excelentes, bem desenvolvidos, e humanos, embora o autor tenha incluído alguns twists... Lancelot, por exemplo, que é tido como um fiel e bravo cavaleiro nas outras versões da saga, aqui é um covarde, com o poder da manipulação, que suborna bardos e poetas para inventarem grandes feitos seus, transformando-se num grande herói só com o poder da palavra. Artur, que nunca chega a ser realmente coroado rei, mas assume o governo da Dumnônia enquanto protege o rei infante, embora justo e honesto, não possui aquela aura do herói perfeito - comete erros, e praticamente sozinho provocou uma guerra sangrenta entre os reinos... e o melhor personagem, infelizmente, é o que aparece menos: o próprio Merlin, sábio, genial, ora arrogante, ora egoísta, mas sempre aparecendo de forma triunfal e fazendo brilhar todos os seus momentos.

A narrativa de Cornwell é apaixonante e cativante, dá pra ler umas duzentas páginas de uma tacada só (foi o que eu fiz, com as últimas páginas do livro). O relato é brutal e violento, como provavelmente realmente foi a Idade da Trevas, e mesmo os personanges que temos como "bons", nem sempre fazendo que seria moralmente correto hoje, mas foi moralmente correto naquela época.

Enfim, uma das melhores coisas que eu li em um bom tempo, e anseio pela segunda parte (que pretendo comprar amanhã mesmo).

 

 

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Foto de Marcus

O Dia Em Que A Terra Parou ( Keanu Reeves será Klaatu )

"O Dia em Que a Terra Parou", que eu considero um dos melhores filmes de ficção científica da era clássica, vai ganhar uma refilmagem.

Keanu Reeves fará o papel do Klaatu e o filme será dirigido por Scott Derrickson ("O Exorcismo de Emily Rose").

Eu achei perfeita a escolha dele. Mal posso esperar para ver como vai ficar o Gort.

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Foto de Bennett

Suprnova.org - de volta, sob nova administração

O histórico Suprnova, o primeiro grande tracker de torrents da Internet, voluntariamente retirado do ar depois de pressões da indústria do conteúdo, voltou ao ar sob nova administração.

O ex-administrador Sloncek passou o domínio do site para os suecos do Pirate Bay, e eis que o Suprnova renasce das cinzas. O site tem mais valor emocional do que qualquer outra coisa, assim como o Pirate Bay é importante por razões políticas, e não por ser um bom tracker.

Mas é bom ver o Suprnova voltando. 

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Foto de Bennett

Deezer.com

Música streaming, de graça, e sem (pelo menos por enquanto) ameaças legais...

O extinto site francês blogmuzik.net fechou um acordo com a SACEM, e lançou o deezer.com para fornecer streaming gratuito, sem registro, e com pouquíssima publicidade, a usuários do mundo inteiro, de álbuns completos. Nem todos discos estão com todas as faixas no site, mas há um bom número de álbuns inteiros. Eu testei aqui e funciona muito bem, com um acervo bem razoável.

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Foto de quase nada

Espíritos 2 - Você Nunca Está Sozinho

Usaram o nome "Espíritos 2" pra pegar carona no sucesso do Shutter, j-horror tailandês do ano retrasado. A direção é a mesma, a cabeluda está lá, as lentes de contato toscas estão lá e os sustos pra botar medo em paraense tbm, mas a história é outra, um pouco mais criativa, mais chique, agora os diretores colocaram uns atores bonitos, coisa fina, lembra até o Tale of Two Sisters.

Esse é mais "Wii", inclusive tem um personagem que se chama "Wee", mas apesar dessa névoa de ternura, vc vai cagar nas calças. O tema são gêmeos siameses, até ai tudo bem, nada que a gente não tenha visto no circo, o problema é quando a gêmea desatochada morre e volta pra tocar o terror.

O interessante desses filmes é que eles adoram usar mulher no papel principal (no Shutter, o papel era masculino, mas tinha uma chata de voz abucetada que fazia companhia o tempo inteiro), pois o grito da mulher já é algo que assusta, não precisa nem de fantasma, basta por uma garota entre 13 e 32 anos pra gritar, depois de 32 a mulher ganha voz de homem e o medo passa.

Muito bom filme, adorei o twister.

Nota 8,65
Breguete: 2 (é o primeiro j-horror dos últimos anos que toma uma breguice abaixo de 5)
Chuckete: 7 (não vou comentar esse quesito, pois seria um spoiler)
Punhete: 2 (tem uma hora que a japa sai toda desenfreada da banheira, pelada, mas só dá pra ver o cu)

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Foto de quase nada

Trailer Aliens vs. Predador 2.

Estou na espera do Aliens versus Predador versus Chuck versus Jason (bourne).

http://www.youtube.com/watch?v=zqpMqpX3z0A

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Foto de Bennett

Programação Tim Festival

Vai que é tua, João Lucas: Cat Power + Feist.

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São Paulo - Auditório Ibirapuera

25 de outubro, quinta-feira, 20h30

-Toni Platão
-Cat Power and Dirty Delta Blues
-Antony and the Johnsons

26 de outubro, sexta-feira, 20h30

-Eldar
-Roberta Gambarini Quartet
-Sylvain Luc Quartet
-Stepano Di Battista Quartet

27 de outubro, sábado, 20h30

-Katia B
-Cibelle
-Feist

28 de outubro, domingo, 20h30

-Joe Lovano Nonet
-Joey DeFrancesco Trio e convidado especial Bobby Hutcherson
-Cecil Taylor
-Corad Herwig's Latin Side

29 de outubro, segunda-feira, 20h30

-"Winona" featuring Craig Armstrong and Scott Fraser
-cirKus com Neneh Cherry

São Paulo - The Week (TIM Festa)

26 de outubro, sexta-feira, 23h

-Girl Talk
-Count of Monte Cristal (Hervé) & Sinden
-Daniel Haaksman
-Lindstrøm
-Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo

Grade São Paulo - Arena Skol Anhembi

28 de outubro, domingo, 18h30

-Spank Rock (18h30)
-Hot Chip (19h30)
-Björk (21h)
-Juliette and the Licks (23h)
-Arctic Monkeys (meia-noite)
-The Killers (1h00 de 29/10)

*

Rio de Janeiro - Marina da Glória

26 de outubro (sexta-feira)

Jazz US (20h)

-Joe Lovano Nonet
-Joey DeFrancesco Trio e convidado especial Bobby Hutcherson
-Cecil Taylor
-Conrad Herwig's Latin Side Band

TIM Volta (20h)

-Antony and The Johnsons
-Björk

Novas Divas (22h30)

-Katia B
-Cibelle
-Feist
-Cat Power and Dirty Delta Blues

Novo Rock UK (23h30)

-Hot Chip
-Arctic Monkeys

Novo Rock BR (1h de 27/10)

-Vanguart
-Montage
-Del Rey

27 de outubro (sábado)

Euro Jazz (20h)

-Eldar
-Roberta Gambarini Quartet
-Sylvain Luc Quartet
-Stepano Di Battista Quartet

Novo Rock US (20h)

-Juliette and The Licks
-The Killers

TIM Cool (22h30)

-Projeto Axial
-'Winona' featuring Craig Armstrong and Scott Fraser
-cirKus com Neneh Cherry

TIM Festa / TIM na Pista (1h de 28/10)

-Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo
-MOO
-Guab

TIM Festa / 'TIM Disco House' (1h de 28/10)

-Lindstrøm
-Toktok

TIM Festa / 'Funk Mundial' (1h de 28/10)

-MC Gringo
-Daniel Haaksman
-DJ Sandrinho
-Count of Monte Cristal (Hervé) & Sinden
-Diplo
-DJ Marlboro

TIM Festa / 'TIM Mash Up' (1h de 28/10)

-Spank Rock
-Girl Talk

*

Vitória - Teatro UFES

27 de outubro, sábado, 20h30

-Paulo Moura e Samba de Latada
-Joe Lovano Nonet

28 de outubro, domingo, 20h30

-Feist
-cirKus com Neneh Cherry

29 de outubro, segunda-feira, 20h30

-Eldar
-Roberta Gambarini Quartet

*

Curitiba - Pedreira Paulo Leminski

31 de outubro, quarta-feira, 19h

-Hot Chip (19h)
-Björk (20h30)
-Arctic Monkeys (22h)
-The Killers (23h45)

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Foto de Bennett

Ouendan e Elite Beat Agents

A história é singela e tocante: três líderes de torcida ajudam pessoas desesperadas a resolver uma série de problemas embaraçosos ou aterrorizantes, valendo-se exclusivamente do poder da música e da dança. O conceito, por sua vez, também é muito simples, e igualmente emocionante. Ao invés de explicar, faz mais sentido mostrar. Pode não parecer grande coisa, mas esse jogo não apenas é uma das coisas mais viciantes já criadas, mas um fenômeno cultural interessantíssimo de sinergia pop oriente/ocidente.

O Nintendo DS, como bom portátil, não tem travas regionais. Afinal, se o aparelho foi feito para ser levado em viagens, não faz sentido bloquear por região, e dane-se a "ameaça" da importação paralela. E assim foi que o Japão, terra dos artefatos culturais bizarros (pelo menos para olhos ocidentais...se bem que há coisas que devem causar estranheza por lá também), nos brindou em 2005 com um belo espécime videogamístico de nome Osu! Tatakae! Ouendan, que nunca foi lançado fora da Ásia, mas surpreendeu a softhouse iNiS e a Nintendo, publisher do jogo, por se transformar em um enorme sucesso comercial no ocidente. Muita, muita gente importou Osu! Tatakae! Ouendan depois de críticas favoráveis e repercussão boca-a-boca positiva. O curioso é que o jogo não foi feito para ser lançado fora da Ásia em razão de "diferenças culturais" que eram julgadas intransponíveis pelos desenvolvedores...

Mas depois de tanto sucesso, a iNiS preparou em 2006 uma versão ocidentalizada do jogo, chamada Elite Beat Agents, que serve como a primeira continuação de Ouendan, e este ano produziu mais um capítulo para a série, com o bacana título Moero! Nekketsu Rhythm Damashii Osu! Tatakae! Ouendan 2. Osu! Tatakae! Ouendan, que pode ser traduzido para o inglês como "Hey! Fight! Cheer Squad" (Ouendan 2 seria "Burn! Hot-Blooded Rhythm Soul Hey! Fight! Cheer Squad 2"), é um jogo de ritmo bem diferente do usual. Ao invés de apertar botões obedecendo a uma seqüência, você simplesmente bate na tela com a caneta do DS, conforme batidas que podem acompanhar os vocais ou instrumentos musicais de uma música, ou ainda atuar como um instrumento adicional. Os padrões variam de fase a fase, e muitas vezes se misturam. Descobrir ao som de quê se está batendo na tela é um dos grandes desafios em algumas fases. Além das batidas, também temos frases (você é forçado a deslizar a caneta acompanhando o percurso de um botão) e spinners (você tem que girar uma roda bem rápido na tela). Juntando tudo isso, temos um jogo movimentadíssimo, quase sem trégua, com momentos bastante tensos.

Cada fase representa uma história diferente, e é centrada em uma personagem. Essa personagem é uma pessoa (ou animal!) em apuros, que em um momento de dificuldade não tem nenhum recurso a não ser pedir pela ajuda dos Ouendan (ou Elite Beat Agents), que prontamente atendem ao chamado (algo como o Chapolim Colorado). Na tela de cima, acompanhamos em uma narrativa em quadrinhos - que segue um estilo mangá tanto em Ouendan quanto em Elite Beat Agents - sobre os apuros da personagem que pediu ajuda. Na tela de baixo, há o jogo propriamente dito, com três ouendan ou agentes fazendo uma coreografia conforme você encadeia as batidas, para animar a personagem na tela de cima. É uma idéia sensacional, mas você só percebe a interação entre as telas quando assiste ao replay depois de terminar a fase, ou em uma das pausas que cada fase tem programada. As fases são divididas em três ou quatro partes, e nos intervalos a tela de baixo escurece e você assiste a uma seqüêcia de quadrinhos na tela de cima, que pode ter dois finais diferentes, conforme você tenha se saído bem ou mal na seqüência de dança. Simples, e com um efeito impressionante quando em ação...essa fusão dá quase origem a uma nova mídia.

O legal é que as histórias são autônomas, mas de certa forma conexas, e é freqüente que personagens de uma apareçam em outras. E o final dos jogos, apocalíptico, envolve todos os personagens que os ouendan/agentes ajudaram, às voltas com ameaças interplanetárias. No final das contas, os líderes de torcida também acabam salvando a humanidade como um todo. Com o poder da dança. E da música.

Falando em música, os três jogos são muito bons, mas há uma indiscutível vantagem para os Ouendan (crítica e público são quase unânimes quanto a isso). Por incrível que pareça, as músicas japonesas são excelentes. Ainda que Elite Beat Agents tenha vários clássicos na lista (ABC, Let's Dance, Material Girl, Highway Star, Jumping Jack Flash, Y.M.C.A., I Was Born to Love You) - acompanhados, tudo bem, de lixo mais recente (Good Charlotte, Avril Lavigne, Ashlee Simpson, Hoobastank) - os Ouendan têm músicas que pessoas como eu, que não entendem nada e nem gostam muito de J-POP e J-ROCK nunca ouviram, mas que são surpreendentemente arrasadoras, principalmente quando você pára para prestar atenção. As historinhas, por sua vez, apesar de serem em japonês, são compreensíveis a partir das imagens. Ou seja, Ouendan nunca teve problema algum com "diferenças culturais intransponíveis".

Além disso, os Ouendan têm um apelo kitsch que a versão ocidentalizada (ou americanizada) raramente consegue reproduzir. Não é à toa que algumas das melhores fases de Elite Beat Agents são aquelas em que o fator kitsch fala mais alto, como a de Believe, da Cher, e You're the Inspiration, do Chicago. Mas mesmo assim, não há como superar a absurdamente grudenta Pop Star, de Ken Hirai - aparentemente o terror das donas de casa japonesas - a voz de garça melódica de Hitomi Yaida, cantando a romântica canção Over the Distance, ou a perturbadora Koi No Dance Site, do Morning Musume. Ambos os Ouendan são fruto de seleções escolhidas a dedo do melhor que o pop japonês tem a oferecer desde mais ou menos meados dos anos 90, e o resultado é simplesmente matador. O final de Ouendan 2, com a explosiva Sekai Wa Sore Wo Ai To Yobunda Ze, do Sambomaster, música que encerrou a versão para a TV de Densha Otoko, é algo que precisa ser testemunhado.

O mais incrível é que esses jogos têm um alto replay factor. Ou seja, uma vez que você termina, vai correndo jogar de novo. Até o final. Até porque cada nova dificuldade que você destrava (são 4, e as duas primeiras começam destravadas), o jogo fica mais divertido e você ganha novos personagens para controlar. A dificuldade hard rock de Elite Beat Agents, por exemplo, abandona os agentes e coloca você no controle de cheerleaders, as Elite Beat Divas, e as batidas ficam horríveis de tão rápidas. Como você vai ficando melhor a cada vez que joga Ouendan/Elite Beat Agents, entretanto, este não é um problema, mas um desafio bem-vindo. E fracassar nas fases não é algo frustrante, mas sempre um convite para treinar, treinar, e treinar, até passar. Como incentivo, três músicas ficam trancadas até você atingir certas somas de score, e são liberadas uma por vez.

É raro encontrar jogos realmente originais ultimamente, e não por coincidência, tanto os Ouendan/Elite Beat Agents quanto o maravilhoso Trauma Center nasceram na mesma plataforma: o Nintendo DS. O Wii ainda tem um grande potencial não cumprido de plataforma para jogos inovadores - falando em Trauma Center, a versão de Wii é até melhor -, mas por enquanto, o aparelho mais relevante na história recente dos videogames é, quem diria, um portátil. O Nintendo DS. E relevante não apenas pelas inovações, mas pelo revival de adventure games que tem promovido (Phoenix Wright, Hotel Dusk, Touch Detective, Trace Memory, etc.) e de diversão old school em geral, feita de forma tão competente ou superior quanto na era de ouro dos consoles 16bit. É uma plataforma de contrastes, feita tanto para jogadores "casuais", quanto os mais "hardcores" dos "hardcores", e quem gosta de videogames tem a obrigação de comprar um. Nem que seja apenas (ou especialmente) para jogar Ouendan.

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Foto de Ray J

Tropa de Elite - Vem aí um novo Cidade de Deus?

Estréia mês que vem o novo filme do diretor Manoel José Padilha, que fez sucesso com o documentário Onibus 174. O filme se chama Tropa de Elite, e foi baseado e co-escrito pelos autores do livro Elite da Tropa.

Elite da Tropa, que eu tive a oportunidade de ler, mostra o dia a dia do BOPE, Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, responsável pela repreensão ao tráfico nos morros e tidos como incorruptíveis.

O livro apresenta um bom retrato da polícia Brasileira, misturando mocinhos e bandidos e apresentando cenas com uma grande dose de crueldade e humor negro.

O filme consumiu um orçamento superior a R$ 10 milhoes e contou com uma equipe estrelada, com roteiro de Braulio Mantovani (Cidade de Deus), edição de Daniel Rezende (Cidade de Deus), produção dos irmãos Weinsten e conta com Wagner Moura no elenco. Além disso, uma equipe americana especializada em filmes de ação foi contratada, para dar mais veracidade a algumas cenas.

Em tempo: Segundo a folha, o filme vazou e já pode ser encontrado em camelôs e na Internet. Se o filme for bom, isso ajudará na propaganda boca a boca, mas se for ruim.....

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Foto de Guybrush Threepwood

BioShock: bem-vindo à Rapture

O jogo só sai dia 21 desse mês, mas tamanha é minha ansiedade por ele, que decidi já fazer logo um post. Na verdade, vou admitir uma coisa: BioShock foi a razão final pelo qual decidi pelo XBox 360 - foi o critério usado para o desempate. Pra ser sincero, ainda que eu esteje alucinado pelo MGS4 (que, até o presente momento, ainda não pode ser considerado um título de 360), esse BioShock tem todo o potencial para ser um jogo inesquecível.

Eu inclusive cheguei a SONHAR com ele outro dia, que eu estava sendo perseguido por um Big Daddy, como esse aqui abaixo:

Exatamente o que o jogo tem de tão fascinante? Bem, em primeiro lugar, ele é uma "sequência espiritual" do melhor jogo que eu nunca terminei, System Shock 2. Explico: o System Shock 1 eu nunca joguei. Eu tive o demo dele e terminei, mas nunca consegui pegar a versão completa (era outra era, uma era em que modem tinha 2400 bps, não se podia acessar a Internet e você dependia de ter amigos com cópias dos jogos que você queria). O 2 veio mais tarde, e eu peguei nunca locadora de CD-ROMs (alguém lembra que isso existia?) e copiei pra mim, mas por mais extraordinário que o jogo fosse, não consegui continuar jogando.

Por que foi o único jogo que me causou uma sensação REAL de medo. Nem Doom3, nem Silent Hill 2, nem Resident Evil 4, nenhum desses chega nem aos pés. SS2 era um jogo que me obrigava a fazer pausas de meia em meia-hora, de tão nervoso que eu ficava. Acabei optando por deixar o jogo de lado por um tempo para retomá-lo mais tarde, o que nunca aconteceu.

Mas vou ter essa nova oportunidade com BioShock. Que para todos os efeitos, é o mesmo jogo, em uma ambientação diferente, e com gráficos muito melhores.

E com uma história promissora: você é um naufrago que encontra abrigo em uma cidade submersa - um projeto de sociedade utópica que deu horrendamente errado. Daí você tem que se virar nos cenários retro-futuristas, tentar juntas peças para descobrir o que houve exatamente, enquanto procurar sobreviver aos ataques maníacos dos habitantes de Rapture. Nisso, você aos poucos vai tendo seu DNA alterado por uma substância conhecida como plasmid, que lhe concede poderes especiais.

Uma coisa interessante do SS2, que continua presente em BS, é o nível de detalhamento e interatividade: você pode mexer em tudo, e muitas vezes vai precisar usar o cenário ou as circustâncias em seu favor, já que a munição é escaça e os inimigos, duros na queda. É mais um "first person thinker" do que um "first person shooter"...

O jogo terá versão para PC também, então não tem desculpa para não correr atrás. Para quem tem o 360, o demo já está na Live. Eu vou esperar a versão completa.

Enquanto isso, deliciem-se com esse belo artbook. E tem nego que ainda diz que videogame não é arte...

 

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Foto de Terenzi

Jazz Festival 2007

Não, este não é um Tópico repetido. É outro festival.

O Jazz Festival é hoje o maior festival de Jazz do Brasil. Ele começou aqui em BH faz cinco anos e hoje está em 8 cidades incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. O Festival durou 3 dias e trouxe várias atrações internacionais com um destaque: The Duke Ellington Orchestra - Esta Orquestra que hoje é regida pelo filho do Duke , Paul, já era conhecida como a melhor orquestra de Jazz do mundo no final dos anos 30. Não sei se continua sendo a melhor mas acho que enquanto existir vai manter o título.

O Show da Duke Ellington foi na quinta e eu, infelizmente, não assisti. Só pude assistir aos shows de sábado (11/08) porque o ingresso era um pouco caro (R$50,00 por dia). De qualquer forma não tem como o show não ter sido bom. Bem, já que o pessoal da organização conseguiu trazer a Duke Ellington, eles resolveram focar todo o festival na primeira fase do Jazz. O Jazz tradicional de grandes bandas e orquestras. Eu achei que funcionou muito bem, até porque o Savassi Festival que foi na semana passada foi todo voltado pro Free Jazz.

O Jazz Festival não tem nada a ver com o Savassi Festival, o segundo foi um festival a céu aberto, com entrada franca (doação de 1kg de alimento) e todo baseado no FreeJazz e em fusões bastante brasileiras que chegavam a misturar Baião com Dixieland. Já o Jazz Festival foi um festival mais pomposo, mais tradicional. Pra começar era caro, depois era no Palacio das Artes. Que por sinal está com uma estrutura de primeiro mundo e acústica impecável. Além disso, o Festival foi baseado nas três primeiras décadas do último século tocando aqueles Standards mesmo.

Mas vamos aos comentários do show. Como eu disse só fui no show de sábado e portanto só posso comentar este. Neste dia tocaram duas bandas.

Porteña Jazz Band - Argentina

Esta é provavelmente a melhor banda de Jazz tradicional da América Latina. O estilo deles é bem parecido com a da The Duke Ellington Orchestra mas é uma banda um pouco menor (7 componentes se não me engano). O Show toca os clássicos da década de 30 e 40. O mais interessante é o líder da banda que é um Argentino extremamente simpático. Conquistou o público com um ótimo humor e comentários bacanas. O show deles é bem dançante e menos exibicionista, eles próprios dizem que o objetivo da banda é divertir as pessoas e não fazer Jazz para "entendidos".

a PJB já está com um pouco mais de 40 anos e o único integrante original é o baterista. Baterista este que garante o ponto alto da noite quando faz um solo utilizando instrumentos de percussão presos ao próprio corpo e esbanja alegria e vitalidade solando ao estilo "sapateado" o público adorou e aplaudiu por vários minutos ao final da apresentação.

Irakli and The Louis Ambassadors - França

Esta banda eu não conhecia. O Irakli é até simpático. Pelo menos é tão simpático quanto um francês pode ser. O grande problema é que ele só falava francês e a maioria do pessoal, assim como eu, não entendia praticamente nada. Acho que isso atrapalhou um pouco a ligação dele com a plateia mas a qualidade da banda deixou este "probleminha" muito em segundo plano.

Os Louis Ambassadors são um pouco diferentes da PJB. Embora toquem mais ou menos o mesmo estilo de música ( eles tocaram praticamente o repertório do Louis Armstrong) eles acabam dando um ar de trio ou quarteto de Jazz. Em alguns momentos a banda realmente se torna um trio, um quarteto ou até um duo com os outros integrantes ( é um sexteto na verdade) chegando a deixar o palco. A vantagem é que este estilo premia os ouvintes com solos fantásticos e alguns (raros) improvisos.

Fiquei realmente impressionado com a qualidade técnica do Irakli Davrichewy. Se você fechar os olhos durante um solo de trompete vai achar que está escutando um disco de Louis Armstrong o estilo é praticamente idêntico mesmo quando ele recria algumas frases ou insere um solo novo. Pelo que eu havia lido antes, ele é hoje um dos principais intérpretes do Louis Armstrong. Não sou especialista mas ele é sem dúvida o melhor trompetista que já ouvi ao vivo.

Mas o ponto alto do show é sem dúvida o solo de bateria de Sylvain Glevarec. Após tocar em trio com o baixista Phlippe Pletan e o pianista Jacques Schneck, o baterista é deixado sozinho no palco para fazer um solo de aproximadamente 9 minutos. Uma coisa linda com direito a baqueta jogada pra cima no meio do solo que continuou com as mãos e pedido de participação do público com palmas. Mas não eram palmas simples. Eram palmas com tempo dobrado feitas meio tempo antes da cabeça da batida principal. O mais incrível é que deu certo. O baterista tem um estilo muito bonito de tocar. Visualmente é muito impressionante. Não deixa nada a desejar a grandes bateristas que, segundo Sylvain foram seus mestres, como Buddy Rich, Louie Bellson, Lionel Hampton, Gene Krupa, "Papa" Jo Jones, Art Blakey e Shelly Manne.

Finalizando, o festival foi sem dúvida um sucesso e quem tiver oportunidade de assistir ao do próximo ano pode ir sem medo. Na verdade o Festival ainda não acabou, segue agora pro rio dias 13, 14 e 15; Recife dias 16, 17 e 18; Aracaju 17, 18 e 19;Belém nos dias 22 e 23 e termina aqui em Tiradentes no Festival Internacional de Cultura e Gastronomia ente os dias 18 e 25. Este último eu recomendo MUITO a quem puder ir.

 

P.S GuyBrush, qual festival é este em JF? Tenho de colocar no meu caderninho.

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Foto de Terenzi

Savassi Festival 2007

 

Eu deveria ter feito este tópico antes de acontecer o evento mas vou abrir aqui mesmo para poder recomendar outros eventos ao final.

Sei que Jazz não é o estilo preferido de todo mundo aqui mas como eu gosto bastante, vou perder uns minutinhos para escrever algo.

O Festival de Jazz da Savassi já começa a se tornar tradição aqui em BH. O Savassi Festival funciona da seguinte forma: Quatro ruas da Savassi são fechadas e são montados palcos no final das ruas. Este ano foram 4 palcos. Palco TIM, Palco Petrobras, Palco Hospital Vera Cruz e Palco Ototoi. Os três primeiros tiveram shows de 12:00 até as 22:00 neste Domingo já o o último ficava por conta de apresentações de DJ's.

Eu fiquei bastante impressionado com a quantidade de gente presente. Principalmente porque a maioria era gente bem Jovem. Mas impressionante é que o pessoal foi lá, na maioria das vezes, para ver os shows mesmo e não pra ficar fazendo zona e tomando cerveja. É lógico que tinha muita gente que não estava nem aí pro Jazz. Por exemplo, estava eu vendo o show do Aliéksey Vianna e de Michael Eckroth, o primeiro um violonista fora de série e o segundo um Pianista, arranjador e compositor Nova iorquino que veio só para o Festival quando escuto um garoto no celular atrás de mim dizendo "Estou aqui em um palco com um Tiozinho tocando violão e um gordinho tocando teclado" Além disso haviam os micareteiros que costumam ir em qualquer tipo de evento. Mas eles ficaram em geral no palco da Ototoi e não criaram nenhum tipo de problema. Mas vamos ao Festival.

Cheguei por volta de 15:00 e assisti ao Show do Idriss Boudrioua. Ele é sum Saxofonista francês que mora aqui no Brasil a algum tempo. O Show contou ainda com um baixista e um baterista que eu não sei o nome. O Baixista toca um contra baixo acústico e tira um som muito bacana mas eu não vi o show todo porque queria dar uma olhada nos outros palcos.

Fui para o palco da TIM assistir ao Show do Gabriel Grossi. O Gabriel é um gaitista fantástico e estava acompanhado do violonista Daniel Santiago. Eu não conhecia o Gabriel Grossi mas ele é realmente muito versátil. O Daniel Santiago eu já conhecia e é um dos melhores violonistas que eu conheço. O Show foi recheado de releituras de chorinhos em um estilo muito próprio do Santiago. Um show fantástico que eu infelizmente só peguei da metade pra frente. Ao final começou uma apresentação do DJ Fael que não fez nada demais mas escolheu bem as músicas pro intervalo.

De lá fui pro show do Aliéksey Vianna e do Michael Eckroth no Palco Vera Cruz que eu citei anteriormente. Não conhecia muito bem o trabalho do Aliéksey mas ele é um violonista muito técnico. Usa um estilo clássico e tocou de Phil Evans a Garoto com o mesmo requinte de violonista clássico. O Show não levantou tanto o público por ser composto por músicas mais lentas mas foi muito agradável. Provavelmente vou comprar algum CD dele na segunda feira.

Sai correndo de lá no final pra poder assistir ao Show do Kiko Continentino no Palco TIM. A esta hora as ruas estavam completamente tomadas. Bastante legal ver tanta gente em um Festival de Jazz. Bom, esta foi a primeira apresentação ao vivo deste trio do Kiko. Eu já havia ouvido algumas músicas de um grupo do Kiko chamado Jazz Samba trio e do Continentrio que é formado por ele e os ouros dois irmãos. Fiquei bastante feliz com apresentação. O Trio é formado pelo Kiko no sintetizador, Um baixista de Porto Alegre chamado Guto e um Baterista de Recife chamado Neguinho. O Baixista é excelente mas é difícil ouvir Kiko Continentino e não lembrar do Alberto Continentino tocando baixo. E o Guto não é o Alberto definitivamente. Já o Baterista é impressionante. O cara toca trompete com a mão direita enquanto leva a bateria com os pés e a outra mão. E não é só levar um ritmo basico enquanto toca o trompete. Ele sola nos dois juntos. Uma coisa fantástica. O Show foi de trenzinho caipira a um forro de autoria do Kiko chamado pé quebrado sempre recheado de improvisos feitos de maneira magistral. Este show levantou bem o pessoal e deu pena ter de respeitar o fato de que cada show não pode ultrapassar 1 hora. No final voltou pro palco a Dj PattyNet que faz um som legalzinho misturando samba e R&B mas que eu achei meio deslocada no Festival.

Infelizmente não deu pra ver tudo. Ainda perdi JT Meireles , Jimmy Duchowny, Jazz & Coffe, Grupo Comboio, Mark Lambert e mais um monte de gente de peso. Mas valeu muito o festival. Bem realizado, ótimos músicos, ótimo público.
Agora pra quem gosta de Jazz sobram ótimos eventos.

 

Tudo é Jazz - Ouro Preto - De 13 a 16 de setembro

e

 

JAZZ FESTIVAL

BELO HORIZONTE
Data: 9/08- Duke Ellington Orchestra (EUA)
10/08- Dan Barnett and the All Stars Jazz Band(Austrália/BRA) / Swing Time and the Tap Dancers(EUA)
11/08 – Porteña Jazz Band(ARG) /Irakli and the Louis Ambassadors(FRA)

Preço: R$ 50,00

Data: 12/08- Swing Time and the Tap Dancers (EUA)
Local: Varanda Palácio das Artes
Horário: 11hrs
Preço: Gratuito

Foto de Bennett

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Eu tenho um relacionamento estranho com a série Harry Potter. Só li o primeiro livro, e achei bonitinho mas infantil demais (sim, fãs, eu sei que as histórias ficam mais "sombrias" e "adultas" mais para a frente). É um livro que chegou até a mim quando eu já era velho demais para apreciá-lo com real intensidade. Não tive o interesse de ler o restante dos livros (na época, acho que só o segundo já havia saído), e continuo, até hoje, sem querer ler. Mas adorei o primeiro filme, que eu achei mais bacana que o material de origem. E sempre que sai um filme novo da série eu assisto o mais rápido o possível.

Mas é uma coisa esquisita...quando os filmes estão prestes a sair, eu fico razoavelmente entusiasmado ("Oba, filme novo do Harry Potter"). Durante a projeção, lá pela metade, eu começo a ficar entediado ("Já estava na hora desse filme terminar..."), e me questionar por que eu queria tanto ver o filme. E sempre foi assim, com todos os filmes a partir do segundo (na minha opinião o pior deles, com problemas de ritmo seríssimos). Sempre saio tendo gostado do filme, mas meio surpreso comigo mesmo de ter ficado tão entusiasmado para assistir o que em essência são filmes bacanas, mas longe de serem espetaculares, e um tanto longos demais, para não prejudicar a integridade dos livros e causar a ira de fãs bastante devotados a Potter e demais alunos e professores de Hogwarts.

O quarto filme havia sido, na minha opinião, o mais divertido até agora, junto com o primeiro. Mas o quinto é, digamos assim, impecável (pelo menos para o padrão da série). É, de longe, o melhor filme da série, com a história mais bem costurada, as melhores performances, os melhores efeitos especiais (muitíssimo bem utilizados), as melhores cenas de ação, e um surpreendente avanço estético, em relação aos demais filmes da série. O filme do semi-desconhecido David Yates é o mais maduro de todos os Potters, tanto em relação à trama, quanto em relação aos elementos visuais e sonoros. É um filme extremamente bonito de se ver e ouvir, editado com precisão (não senti um minuto se arrastar), com algumas cenas espetaculares de combate mágico.

Não há ruptura entre este filme e os demais, a série continua no mesmo trilho, e não há nada radical que coloque Ordem da Fênix em contraposição aos quatro filmes passados. Mas, ao mesmo tempo, Yates e equipe fizeram um filme que é, em todos os sentidos, superior aos outros episódios de Potter, e este é um sinal de muito talento. Continua dentro dos limites impostos desde o primeiro filme, mas faz tudo tão, tão bem, e de forma tão elegante, que meio que humilha os outros filmes, por melhores que eles tenham sido. O que é interessante, uma vez que o livro em que é baseado é, até onde eu sei, considerado um dos piores da série.

Pela primeira vez desde o primeiro filme, saio do cinema sem me questionar a razão de ter ficado tão entusiasmado para entrar na sala, e já na espera dos próximos dois filmes. Se vier algum fã chato me dizer que esse filme é ruim porque mudaram X ou Y do livro, apenas posso dizer: "Meu jovem, minha jovem! [ou Tio/Tia] Não li e não ligo para o livro. Mas como filme, Ordem da Fênix é a melhor obra que a série originou até hoje".

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Foto de Bennett

The Pirate Bay lança BayIMG

Esqueçam o Imageshack, o Pirate Bay lança hoje o BayIMG, serviço de hospedagem de imagens sem censura, com sistema de tags e limite de 100 megas para upload (!!!). Apenas imagens ilegais conforme o direito sueco são proibidas (leia-se: pornografia infantil), o resto está valendo independentemente de direitos autorais.

 

 

Eles não te dão o link direto para a imagem (ainda...espero que implementem isso), mas é só clicar View Image, como sempre. Já foi feito um script de Greasemonkey para pegar os links automaticamente, cortesia do usuário manixrock do Digg):

[quote]Here is a GreaseMonkey script I just made (you must have Firefox with the GreaseMonkey plugin) that adds a Direct Image Link to the image itself so you can see the image directly instead of the page with the tags and BayImg logo. To add the script go to Tools > GreaseMonkey > New User Script.. , enter a name for it like "bayimg.com - Add Direct Link to Image" and set in the Includes field " http://bayimg.com/* " (without the " and no spaces) then press OK. Now your javascript editor will open. Paste the following code:

var D = document, img = D.getElementById('mainImage');
if (img) {
var lnk = D.createElement('DIV'), adr = D.createElement('A');
adr.href = img.src;
lnk.style.cssText = "clear:both;cursor:default;text-align:center;cursor:default;position:relative;top:-20px";
lnk.appendChild(D.createTextNode("[ "));
adr.appendChild(D.createTextNode("Direct Image Link"));
lnk.appendChild(adr);
lnk.appendChild(D.createTextNode(" ]"));
img.parentNode.parentNode.appendChild(lnk);
}[/quote]

[EDIT.: Quem quiser o script pronto pode baixá-lo aqui. É só arrastar para a janela do Firefox (com o Greasemonkey ativado), e depois usar o menu do Greasemonkey para acrescentar http://bayimg.com/* na lista "Include", excluindo o asterisco solitário que já vai estar lá)]

Walter Mercado aprova o BayIMG:


Harry Potter
e Hermione Granger também:

E REF, claro, também acha sensacional:

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Foto de Anônimo

Cão Por Acaso / Não Sem Dono

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Foto de Guybrush Threepwood

Gears of War

Se lembram daqueles filmes da década de 80, sobre caras fortões carregando armas pesadas e destruindo tudo? Tipo Commando, Predador, ou qualquer outro que tenha o Schwarzenegger no elenco? Então. Pensa aquele tipo de filme, só que passado no futuro e com uma raça de alienígenas do subsolo como vilões. Agora transforma em videogame: eis que você tem Gears of War.

Você controla Marcus Fenix, um ex-soldado preso sob acusação de deserção (ele abandonou uma missão para ir salvar seu pai), que precisa se juntar novamente ao seu antigo batalhão para realizar uma missão desesperada para deter os Locust (os tais aliens que saem debaixo da terra). Marcus é um cara muito grande e muito forte, bem como o resto do batalhão. Ele também carrega um monte de armas gigantes, pesadas, e barulhentas, fala grosso, grita com todo mundo e saí explodindo coisas. Perceberam a refêrencia que eu citei no primeiro parágrafo? Até o senso de humor presente nesses filmes você encontra no jogo: o pessoal do Delta Squad fica fazendo piadinha, conversando, zoando e xingando o tempo todo (e surpreendentemente são todos personangens dotados de um certo carisma).

O esquema do jogo é velho, porém revistido de novo: é um shooter em terceira pessoa normal, mas com uma ênfase maior na parte tática do tiroteio, que envolve esconder-se atrás de objeitos, dar ordens para os squadmates, atirar às cegas, correr sob fogo cruzado... em alguns momentos é absolutamente insano e envolvente. O jogo também dá um passo além no quesito "directing", usando por exemplo técnicas interessantes de câmera, como quando você sai correndo abaixado sob tiroteio inimigo, a câmera vai tremendo, ao seguir o personagem, estilo aquelas câmeras-documentário de filmes de guerra... isso ajuda a criar clima, e deixa o jogo mais envolvente.

Mas o que mais chama a atenção, e isso eu já citei antes: os gráficos. GoW é simplesmente o jogo mais lindo que eu já joguei na vida, em qualquer sistema, inclusive PC. Não só os gráficos são perfeitos propriamente (tem hora que você fica em dúvida e acha que tá jogando um CG), mas também a direção de arte é FODA (as ruínas dos prédios do planeta Sera são um primor de beleza). Tem uma fase, em particular, que acontece à noite e sob chuva, que é de se chorar de tanta perfeição visual... até a água escorrendo pelos troncos das árvores e formando poças parecem realistas. Definitivamente o jogo vai entrar para a história como o verdadeiro marco do ínicio da nextgen, pelo menos no que diz respeito ao quesito gráfico.

O som não fica atrás, e é muito bem dublado, com excelente efeitos sonoros, principalmente das armas. A arma inicial, um rifle chamando Lancer, tem uma baioneta em forma de serra elétrica, que você usa em curta distância para cortar o inimigo ao meio, e o som é tão perfeito, com o sangue espirrando na tela, que dá uma satisfação ENORME fazer isso, tanto é que em vários momentos você vai esperar um Locust correr até perto de você para usar a chainsaw baionet.

Claro que o jogo tem seus defeitos: em alguns momentos chega a ficar meio repetitivo, e é um jogo bem curto para os padrões de hoje (umas doze horas no total). Não que isso acabe importando muito, já que no final das contas você vai gastar maior parte do tempo no modo multiplayer do jogo, que é excelente (teve um momento em que eu estava tão viciado em deathmatches que cheguei a abandonar a campanha single player por uns cinco dias seguidos). A história não tem nada de realmente novo, mas também não é ruim (muito melhor que a do Resident Evil 4, por exemplo, que eu achei uma bosta apesar do jogo ser ótimo).

Enfim, um grande jogo, que deixou seu marco nas história dos games, e que será lembrando principalmente por seus gráficos inovadores e jogabilidade online viciante.

Nota: 9

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Foto de Bennett

Manhunt 2: proibido na Inglaterra

A BBFC, que cuida das classificações etárias em videogames, acabou de censurar Manhunt 2 na Inglaterra. A última vez que isso tinha ocorrido no país foi em relação a Carmageddon (que por sinal também foi censurado no Brasil), e o interessante é que na Inglaterra é ilegal vender jogos para qualquer pessoa, se a classificação etária for superior à idade do adquirente, o que torna o ato da BBFC censura de fato, uma vez que há todo um sistema proibindo a venda de jogos como este para menores, e o que eles fizeram foi efetivamente proibir a venda para adultos. Acintosamente, inclusive, a BBFC justifica a proibição não apenas dizendo que será benéfica para crianças, mas também para adultos...e nem recomendaram cortes, já disseram que é definitivamente impossível lançar o jogo. Aos ingleses resta colocar um chip no Wii e baixar a versão americana, ou importar paralelamente um exemplar da Espanha, Portugal, Holanda, Dinamarca, Noruega ou França, e torcer para haver opção de língua inglesa, caso não entendam a língua estrangeira.

Manhunt 2 é supostamente o jogo mais violento da história (sei), e vai sair para Wii, PS2 e PSP em julho. Jack Thompson já está excitado, o jogo provavelmente também será proibido na Alemanha e na Austrália (países que sistematicamente censuram jogos bem menos violentos), e renderá uma bela grana à Rockstar, desenvolvedora do jogo, uma vez que esse tipo de publicidade apenas ajuda.

Para quem não conhece o jogo, ele envolve stealth e execuções classificadas em três níveis de brutalidade. Quanto mais tempo você se esconde despercebido atrás de suas vítimas, mais brutal a execução. Há preocupações adicionais de gente sem muita noção em relação à versão para Wii, uma vez que ao contrário das versões para PS2 e para PSP, as execuções não são apenas cutscenes que você assiste, mas exigem interação do usuário replicando os atos de violência com as próprias mãos. Há outras diferenças gráficas que tornariam, além disso, a versão de Wii mais sangrenta do que as de PS2 e PSP. Supostamente, tudo isso faria o jogo mais violento e "perigoso", mas sinceramente, o que é mais violento, isso ou um GTA da vida, em que você pode sair matando qualquer pessoa do jeito que quiser, sem a menor provocação (ao contrário da série Manhunt)? E mesmo que seja moralmente questionável, quem são essas pessoas para proibir que ADULTOS joguem esse jogos? Ainda mais quando existe um sistema de classificação etária?

Enquanto isso, Suda51, criador de Killer 7, promete que seu próximo jogo, No More Heroes, a sair para Wii provavelmente ainda este ano, será "mais violento do que Manhunt 2", o que é meio difícil de se acreditar ao assistir ao trailer. Há um pouco de humor em toda essa situação ridícula.

EDIT.: A Irlanda também proibiu o jogo.

EDIT. 2: Manhunt 2 recebeu classificação AO (Adults Only) nos EUA. Acho que é o primeiro, ou um dos primeiros, jogos a receber a classificação apenas por causa de violência. O impacto comercial é mais ou menos semelhante ao de receber uma classificação NC-17 no cinema.

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